Quando o bebê é novinho, muitos acham que uso de mamadeira é praticamente automático, é prático, rápido, e conveniente. O problema é que a fase de necessidade de sucção do bebê passa, porém a chupeta e a mamadeira fica. Muitas crianças não sugam a chupeta, permanecem com ela na boca, às vezes de boca aberta, com acúmulo de saliva, mordendo-a ou até colocando seu êmbolo embaixo dos lábios. A mamadeira freqüentemente tem o furo aumentado e é oferecida à criança deitada, o que gera excessivo fluxo de leite. A criança, para bloqueá-lo, realiza um movimento de língua inverso do que seria um padrão adequado de sucção.
Essas situações podem contribuir para o desequilíbrio muscular e funcional da face. A musculatura pode tornar-se flácida, a posição dos dentes anteriores pode modificar-se, o palato (céu da boca) pode ficar mais estreito e profundo aparecendo dificuldade em manter a boca fechada, mastigação desordenada e até um padrão de fala com a língua entre as arcadas dentárias distorcendo os sons. Pesquisas mostram que tais efeitos prejudiciais dependem da duração, freqüência e intensidade do hábito. Os efeitos dependem do tipo de face da criança, ou seja, da direção de crescimento craniofacial (geneticamente determinada). Alguns tipos de face, como as mais longas e estreitas são mais suscetíveis às interferências negativas destes hábitos.
O uso de chupetas e mamadeiras no inicio da vida do bebê podem causar desmame precoce. Já o uso prolongado (em qualquer idade que seja introduzido) pode levar a deformações na cavidade oral e na face (estreitamento do palato, hipotonia de lingua e bochechas, apinhamento dentário, mudança no padrão respiratório). Uma vez que nos deparamos com essas alterações, temos que estar prepaparados para enfrentar desde possíveis correções ortodônticas, à alterações de fala e propensão à problemas de ordem alérgico-respiratória. O uso persistente de chupeta, mamadeira e sugar o dedo pode dificultar o desenvolvimento da fala infantil.
Ao sugar o seio materno, a criança estabelece o padrão adequado de respiração nasal e postura correta da língua. Os músculos envolvidos estão adequadamente estimulados, aumentando o tônus e promovendo a postura correta para futuramente exercer a função de mastigação. Por este motivo, procura-se enfatizar a amamentação materna como uma forma de prevenção a problemas futuros da criança, por proporcionar o preparo e o aprimoramento da condição neuromuscular das estruturas bucais, ou seja, desde respiração, deglutição e fala, até funções mais complexas.
O crescimento e desenvolvimento do crânio e da face tem o objetivo de conseguir um estado de equilíbrio estrutural e funcional entre todos os músculos e ossos envolvidos. O bebê, quando nasce, tem a mandíbula pequena e retraída, o que é chamado de retrognatismo. A cavidade bucal é pequena e assim, a língua se posiciona mais para frente, apoiando-se sobre a gengiva. Junto com o movimento muscular da amamentação, ocorre o desenvolvimento ósseo e crescimento anterior da mandíbula, assim, o retrognatismo mandibular que os bebês apresentam ao nascer deve ser corrigido até a época da erupção dos primeiros dentes de leite para que sua oclusão possa ser correta.
o leite materno é o melhor alimento do ponto de vista nutricional e ótimo reforço ao sistema imunológico do bebê contra doenças infecciosas e alérgicas, aumentando o número de anticorpos e previne doenças respiratórias e gastrointestinais, além preenche também as necessidades emocionais do bebê, fortalecendo o vínculo mãe-filho e enquanto se alimenta no seio materno, o bebê passa por sensações que já eram percebidas no útero, como ouvir os batimentos cardíacos e respiração da mãe, o que proporciona calma, bem-estar e carinho materno, muito importante para o desenvolvimento emociona.
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