De um ponto de vista jurídico, a definição pode mudar de um país para outro. Mas, geralmente, o termo “abuso sexual” se refere a qualquer contato sexual não desejado e, às vezes, forçado. Envolve coisas como abuso sexual de crianças ou adolescentes, incesto, estupro e exploração sexual por um “profissional de confiança” — por exemplo, um médico, um professor ou um líder religioso. Em alguns casos, os agressores ameaçam suas vítimas se elas disserem que vão contar o que aconteceu, não importa se o abuso tenha sido verbal ou físico.
De acordo com uma pesquisa, só nos Estados Unidos, mais de 250 mil pessoas dizem ter sofrido abuso sexual. Quase metade delas tem entre 12 e 18 anos.
A maioria dos abusos é cometida por um conhecido. Em dois de cada três casos de estupro, a vítima já conhecia o agressor. Não foi simplesmente um estranho que apareceu de repente na esquina.
Homens também são vítimas de abuso sexual. Nos Estados Unidos, cerca de 10% das vítimas são homens. De acordo com a RAINN (sigla em inglês da Rede Nacional contra Estupro, Abuso e Incesto), os homens que são vítimas podem começar a ter medo de que o abuso os faça virar gays ou de que eles não são tão homens assim.
O abuso sexual não é culpa da vítima. Ninguém merece sofrer abuso sexual. O agressor, e só ele, é totalmente responsável por seus atos. Mas há coisas que você pode fazer para diminuir os riscos de abuso sexual.
Pense antes no que você vai fazer caso alguém — mesmo um namorado ou parente — tente obrigá-lo a ter contato sexual. Uma jovem chamada Erin sugere que você encene situações que poderiam acontecer e veja como irá reagir. Isso serve para deixá-lo preparado para qualquer tipo de situação em que você se sentir pressionado. Ela diz: Encenar pode até parecer esquisito, mas se isso acontecer de verdade, é menos provável que você se torne uma vítima.
Pergunte-se: ‘O que eu faria se alguém me tocasse de um modo que eu me sentisse mal?’
Tenha um plano de fuga. A RAINN recomenda que você “crie um tipo de código, ou uma palavra secreta, com seus amigos e com sua família. Daí, se estiver numa situação em que não se sente bem, você pode ligar e dizer o que está acontecendo sem que a pessoa que está com você entenda. Seus amigos ou sua família podem vir buscar você ou então ajudá-lo a dar uma desculpa para que você saia dali.” Mas você pode se poupar de muito desgosto se, em primeiro lugar, evitar situações de risco.
Estabeleça limites — e os respeite. Por exemplo, se você está namorando, você e seu namorado devem conversar sobre os limites do contato físico que vocês terão. Se a pessoa com quem você namora acha que estabelecer limites é bobagem, então você precisa de um namorado novo — um que respeite seus valores.
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