Amamentar não é somente colocar o bebê no bico do peito. Isso a mamadeira faz. Amamentar é proteger, abraçar, acolher. É um ato muito mais amplo. Para uma mulher que não passou por toda a revolução hormonal de uma gestação, isso é possível graças à lactação induzida.
O processo de produção do leite materno é fruto de um estímulo repetido. Ao sugar o seio, o bebê ajuda a mandar uma mensagem para a hipófise, no cérebro. É ela que avisa que é preciso começar a produção do leite. Assim, o organismo da mãe libera dois hormônios: a prolactina, que aciona as glândulas mamárias para fabricar o leite, e a ocitocina, o hormônio responsável pela liberação do líquido. A produção da prolactina vem de ações encadeadas. Desde a vontade consciente e inconsciente de amamentar, passando pelo processo do pós-parto, até a proximidade física com o bebê influenciam esse processo. O procedimento para estimular a produção de leite em uma mãe adotiva é praticamente o mesmo de uma mulher que engravidou: é necessário que haja estímulo.
É claro que muitos fatores influenciam a amamentação adotiva. Quanto mais nova é a criança, maior é a chance de o aleitamento se tornar possível. Não dá para atestar que todas terão sucesso. Se o bebê chega com mais de quatro meses, por exemplo, o processo é ainda mais lento, mas não impossível. Embora não existam contraindicações para uma mulher tentar, há situações em que problemas de saúde dessa mãe e tratamentos medicamentosos comprometem o leite produzido.
A relactação é uma técnica que consiste na ingestão de leite pelo bebê que se encontra colocado no peito da mãe como se fosse mamar, através de uma sonda. A técnica de relactação, além de alimentar o bebê, estimula a produção de leite materno, sendo especialmente importante em casos de bebês prematuros e que estiveram internados por algum tempo ou em mães que não têm ou produzem pouco leite.
Para fazer a relactação caseira deve-se:
Comprar uma sonda nasogástrica para crianças de tamanho 4 ou 5, de acordo com a orientação do pediatra, como mostra a próxima imagem da esquerda. Estas sondas podem ser compradas em farmácias ou drogarias;
- Colocar o leite do banco de leite humano na seringa;
- Colocar uma ponta da sonda e adaptando à seringa;
- Colocar a outra ponta da sonda perto do mamilo, fixando-a com fita adesiva;
- Colocar o bebê no colo para amamentar normalmente.
Os bancos de leite são uma ótima alternativa para quando a mãe, seja ela adotiva ou não, não é capaz de amamentar. Além disso, os bancos brasileiros são reconhecidos por sua confiabilidade. O leite é submetido a uma análise microbiológica. Sua validade é analisada e, em seguida, ele passa para por um processo de pasteurização, que inativa qualquer germe que possa vir a ter. Em caso de dúvidas, procure o médico.
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