27 de janeiro de 2017

27/01/17 - Mamadeiras e Chupetas são desnecessárias

Embora utilizadas pela maioria das crianças, mamadeiras e chupetas podem causar inúmeros danos e serem transmissores de germes e vermes. Por isto, uma série de recomendações e normas estão sendo criadas para desencorajar o uso e controlar a publicidade destes produtos, até então inocentes símbolos da infância.


O uso de bicos artificiais leva ao fenômeno "confusão de bicos", isto é, uma forma errônea de recém nascido posicionar a língua e sugar o seio, levando-o ao desmame precoce. O recém nascido (RN) nasce com o reflexo de sugar e deglutir que permite, quando bem posicionado por sua mãe, à uma pega correta dos seios, ou seja, envolvendo o mamilo e a aréola. Numa boa pega, a língua fica por baixo, formando um movimento peristáltico, ritmado, como uma onda. Desta forma ele consegue esvaziar os seios e satisfazendo-se. Na posição errada (má pega) o RN só abocanha o mamilo, não conseguindo esvaziar os seios, causando dor, fissuras, tensão materna, fome, choro e insatisfação do bebê.

Na mamadeira ou na chuquinha, o RN empurra a ponta da língua contra o palato para deter o fluxo do leite artificial, da água ou do soro glicosado (que são dispensáveis) e não suga, mas apenas engole passivamente o alimento. Um estudo realizado constatou que o risco de um lactente ser desmamado era maior para os usuários dos bicos artificiais e chupetas do que para os não usuários. Além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite. Os recém nascidos que usam chupetas geralmente sofrem de Moniliase Oral (Candidíase ou o famoso "sapinho") e as chuquinhas ou mamadeiras são veículos de contaminação, porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecido pelo Leite Materno.


CÁRIE DE MAMADEIRA
No Brasil, 11,7% das crianças até 2 anos têm a chamada cárie de mamadeira. A cárie é uma doença contagiosa que pode ser passada de mãe para filho. Beijar o bebê na boca, soprar seu alimento ou limpar a chupeta com a própria saliva são hábitos pouco higiênicos, mas ainda muito comuns, que transmitem a bactéria da cárie.

CHUPETAS SÃO "CALA A BOCA"
Nos EUA as chupetas recebem o sugestivo nome de "pacifiers", que significa "pacificadores", ou "me deixa em paz". O lactente no seu primeiro ano de vida está na fase oral do seu desenvolvimento psico-sexual e a Amamentação em livre demanda (sem horários) é capaz de suprir por si só esta necessidade de sugar, a chamada "sucção não nutritiva".

VEÍCULO DE TRANSMISSÃO DE ENTEROPARASITOS E COLIFORMES FECAIS
Foi publicado mais um trabalho científico que descobriu cistos de protozoários, larvas de helmintos em chupetas. Ovos de Ascaris lumbricóides, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiura, Taenia sp e larvas de Ancylostomatídae foram encontrados em 11,63% das chupetas examinadas. Neste artigo os autores afirmam que as mães não tem conhecimento da importância da higienização e do papel que as chupetas desempenham como disseminadoras de infecções. Observam também o percentual elevado de sua utilização (na faixa etária de 4 e 5 anos são utilizados por 50 % das crianças estudadas).
Já havia relatos que a utilização de chupetas aumentam o risco de Otite Média Aguda, de episódios diarréicos infecciosos, de má oclusão dentária e de contaminação de coliformes fecais em 49% das chupetas examinadas o que mais uma vez reafirma a necessidade de abolirmos seu uso.

INMETRO REPROVA CHUPETAS
Análises laboratoriais realizadas em abril de 1996, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial indicam que estes produtos estão oferecendo riscos ao consumidor mais vulnerável. Uma dezena de marcas foram testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos (tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os quesitos. O Ministério da Indústria e Comércio junto com o Ministério da Saúde estão criando um regulamento de Certificação de Chupetas.

A "Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes" (CNS, 1992) deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas devem conter a seguinte mensagem:

"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico".


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